Dia Mundial do Transtorno do Espectro Autista é marcado com caminhada em Divinópolis

A inclusão das pessoas com deficiência na sociedade é uma luta que deveria ser de todos. Para chamar a atenção para a necessidade da informação e valorização dos deficientes, inclusive com relação aos direitos previstos em lei, uma caminhada foi realizada hoje (2), em Divinópolis. Diversas escolas e associações se juntaram para uma manhã de conscientização que marca o Dia Mundial do Transtorno do Espectro Autista, celebrado nesta terça-feira.

A “Caminhada Inclusiva TEA-R” foi realizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Divinópolis, em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da 48ª Subseção da OAB e Associação Amiga dos Autistas e Demais Deficiências do Centro-Oeste Mineiro. A sigla TEA-R simboliza as iniciais do Transtorno do Espectro Autista e ganhou um R a mais para representar a palavra Respeito.

A concentração foi na Praça da Catedral e os participantes seguiram pela Avenida 1ª de Junho com destino a Praça do Santuário, onde diversas ações recreativas foram promovidas com as famílias. A educadora social do Instituto Helena Antipoff, Vera Castanheira, informou que ainda existe bastante dificuldade. “Infelizmente o preconceito existe. Precisamos mostrar para a sociedade que todos são capazes independentemente das limitações”, alerta.

A rede municipal de Educação de Divinópolis tem 1.100 mil alunos com algum tipo de deficiência. Segundo a secretaria, são 352 diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista. Outras 368 crianças estão em investigação e aguardam confirmação do diagnóstico de autismo. A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Dra. Wandreiane Melo, informou que a cidade ainda precisa reforçar o número de assistentes de apoio nas escolas. “As principais reclamações que eu vejo advogando nesta área é sobre assistente de apoio. Apesar de termos vários, ainda não é possível suprir a necessidade de todas as crianças autistas de Divinópolis. Saliento que para a criança ter direito, é necessário um laudo médico que sinalize a necessidade”, explicou.

Segundo a secretária municipal de Educação, Andreia Dimas, a atenção às crianças com deficiência cresceu bastante nos últimos anos, o que ajuda no desenvolvimento delas. “Iniciamos a gestão com 70 profissionais de assistentes educacionais. Hoje temos 400. Além dos assistentes, temos 157 estagiários e profissionais em reajustamento profissional. Estamos avançando e os alunos ainda tem direito a um atendimento exclusivo no contraturno escolar. Os pais e responsáveis precisam fazer valer o direito e levar as crianças para as atividades. Muitos não retornam no horário agendado”, disse.

Vinícius Oliveira é autista e participou da caminhada. Ele tem 28 anos e há sete foi diagnosticado com autismo. “Muitas pessoas se apegam a um conceito antecipado sobre o autismo e isso causa muita dificuldade. A população precisa entender que um amanhã melhor parte de um hoje diferente”.

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