O Dia Internacional contra a Discriminação Racial foi celebrado nesta quinta-feira, dia 21 de março, com uma Roda de Conversa na 48ª Subseção da OAB em Divinópolis. A Comissão de Igualdade Racial e Direitos Humanos da 48ª Subseção planejou o evento que contou com a parceria da Caixa de Assistência dos Advogados em Divinópolis, Movimento Unificado Negro de Divinópolis – MUNDI e a Subseção da OAB Barro Preto. A data marca o reconhecimento da luta e as conquistas de direitos sociais para a população negra. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória ao Massacre de Sharpeville, na África do Sul, em 1966, e deixou 69 mortos.
No Brasil, a luta contra a discriminação racial se intensificou após a Constituição Federal de 1988, que incluiu o crime de racismo como inafiançável. Porém, o racismo ainda exige políticas de inclusão mais eficazes, além do cumprimento efetivo da legislação. A OAB Divinópolis cumprindo seu papel institucional e social, abriu as portas do auditório para a reflexão da Lei 10.639/2003.
A presidente, Dra. Ellen Lima, deu as boas-vindas a todos os presentes. Depois foi a vez do presidente da Comissão, Dr. Maciel Lúcio da Silva. Na sequência, outros convidados compartilharam histórias de vida e falaram da necessidade das pessoas se capacitarem para ensinar a luta dos ancestrais.
Diversas vozes foram ouvidas, como da Dra. Cristina Maria Braga Ferreira, Presidente da Comissão da Igualdade Racial, Verdade e Reparação da Escravidão da OAB Subseção do Barro Preto. Ela é advogada atuante há 39 anos nos Estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Exerceu o cargo de Assessora Jurídica junto à Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul por 35 anos e é Conselheira Seccional da OAB/MG. É também Coordenadora do Grupo Temático de Advogadas Negras da Comissão pela Promoção da Igualdade Racial da OAB/MG.
A Roda de Conversa ainda abriu espaço para a palestra conduzida pela Dra. Zaira Pereira, Vice-Presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial e Verdade e Reparação da Escravidão da Subseção do Barro Preto. Ela é advogada criminalista, mestranda em estudos de linguagem, especialista em direito processual, professora universitária de Direito Penal e Processo Penal.
A noite não poderia ser encerrada sem a participação de dois nomes muito atuantes em Divinópolis: Adjanir Silva, Presidente do Movimento Unificado Negro de Divinópolis e Maria Catarina Laboré, Coordenadora do Departamento de Educação do MUNDI.
